Norma que classifica alimentos à base de cereais como integrais já está em vigor

Norma que classifica alimentos à base de cereais como integrais já está em vigor

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, definiu as regras para a classificação de alimentos à base de cereais como integrais. A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 493/2021, diz que o alimento contendo cereais pode ser classificado como integral se apresentar em sua composição, no mínimo, 30% de ingredientes integrais e, adicionalmente, ter uma quantidade de ingredientes integrais superiores à quantidade de ingredientes refinados. A partir dessas condições, o termo “integral” poderá aparecer no nome de venda do alimento. É importante destacar que o percentual de ingredientes integrais presentes na sua composição precisa estar junto ao termo e deve ser usado o mesmo tipo de letra, tamanho e cor de fonte.

A resolução também estabelece regras para os produtos possuem em sua composição ingredientes integrais, mas não atingem os critérios para serem classificados como integrais. Conforme a publicação, se o fabricante tiver interesse em destacar a presença desses ingredientes no rótulo do produto, “o termo integral não poderá estar presente no nome de venda.” Além disso, a porcentagem dos ingredientes integrais deve ser declarada, de preferência, próximo aos dizeres usados para destacar a presença dos ingredientes. Também é preciso observar o mesmo padrão de fonte, cor, tamanho e contraste.

Segundo o regulamento, para ser considerado integral o ingrediente deve ser obtido exclusivamente de um cereal ou pseudocereal e ser submetido a processo tecnológico que não altere a proporção esperada de seus componentes anatômicos (endosperma, amiláceo, farelo e gérmen). Os cereais e pseudocereais abrangidos na norma incluem alpiste, amaranto, arroz, arroz selvagem, aveia, centeio, cevada, fonio, lágrimas-de-Jó, milheto, milho, painço, quinoa, sorgo, teff, trigo, trigo-sarraceno e triticale.

 

Prazos

As novas regras já estão em vigor. O objetivo é permitir a organização do setor de alimentos para atendimento ao regulamento. Agora, os fabricantes tem um prazo de 12 meses para adequação dos produtos, com exceção das massas alimentícias, que terão um prazo maior (24 meses) devido à complexidade das adaptações tecnológicas.

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Alimentos integrais

Os alimentos integrais são aqueles que não passaram por um processo de refinamento, mantendo suas partes externas (casca, farelo) e internas (germe) intactas. Essas partes contêm nutrientes essenciais, como fibras, vitaminas, minerais e antioxidantes.

Os alimentos integrais mais comuns são grãos integrais, como arroz integral, trigo integral, aveia integral, milho integral, quinoa, entre outros. Além dos grãos, também existem pães, massas e cereais integrais disponíveis no mercado.

 

Importância do consumo de alimentos integrais:

O consumo de alimentos integrais tem sido associado a diversos benefícios para a saúde, tais como:

  1. Nutrientes essenciais: Os alimentos integrais preservam todas as partes do grão, incluindo o farelo, a casca e o germe, ricos em nutrientes. Eles fornecem uma ampla variedade de vitaminas, minerais, fibras e fitonutrientes importantes para a saúde.
  2. Fibras alimentares: Os alimentos integrais são uma excelente fonte de fibras alimentares. As fibras são essenciais para a saúde digestiva, pois ajudam a regular o trânsito intestinal, promovem a saciedade e contribuem para o controle do peso. Além disso, as fibras têm um papel importante na prevenção de doenças como a constipação, doenças cardiovasculares e diabete tipo 2.
  3. Controle do açúcar no sangue: Os alimentos integrais têm um impacto menor no aumento dos níveis de açúcar no sangue em comparação com alimentos refinados. Isso ocorre porque as fibras presentes nos alimentos integrais ajudam a retardar a absorção de açúcares, proporcionando um aumento gradual e mais equilibrado nos níveis de glicose no sangue.
  4. Saúde cardiovascular: Estudos mostram que o consumo regular de alimentos integrais está associado a um menor risco de doenças cardiovasculares, como doenças cardíacas e derrames. As fibras presentes nos alimentos integrais ajudam a reduzir os níveis de colesterol LDL (“mau” colesterol) e a manter a saúde das artérias.
  5. Controle do peso: As fibras presentes nos alimentos integrais ajudam a promover a saciedade, ou seja, a sensação de estar satisfeito após uma refeição. Isso pode ajudar a controlar o apetite e reduzir a ingestão excessiva de calorias, o que é benéfico para o gerenciamento do peso corporal.
  6. Prevenção de doenças crônicas: Uma alimentação rica em alimentos integrais tem sido associada à redução do risco de diversas doenças crônicas, como diabete tipo 2, obesidade, certos tipos de câncer, doenças cardíacas e doenças do sistema digestivo.
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